quinta-feira, 25 de abril de 2013

Nós



No silencio da cumplicidade
somos parceiros da vida.
Nosso delito primeiro,
neste recanto seguro,
é recriar liberdade,
reinventando o escuro,
refazendo a poesia,
reformando o mundo.

No silêncio da cumplicidade
somos comparsas da vida.
Nosso complô mais forte,
neste oásis de orgias,
é gritar pela cidade
espantando a nostalgia,
libertando a liberdade,
soando tom de alforria,
reinventando o inventado,
rebrilhando o sol de cada d ia.

No silêncio da cumplicidade
somos irmãos companheiros.
Nosso invento mais lindo
é ter amor por inteiro.
Somos tão nós amarrados,
somos areia da praia,
brilhos do mesmo clarão,
e não sabemos ao certo
o que será solidão.

Desconheço a autoria

Cartão para Cristóvam Aguiar em 20/06/1996

terça-feira, 9 de abril de 2013

Ensaio sobre a morfologia do rubro e do coral

  Assis Freitas Filho

Você não entendeu meu gesto
Apontava aquela nuvem em sorriso
O mar que despontava nos dedos
Você não via as pétalas da manhã
Eu sei que caminhávamos destroços
Mas é assim o amor:
Esta sina de descrer verdades